quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cegonha-preta



Olá,

Tenho como nome científico Ciconia nigra, porém todos me conhecem por Cegonha –preta.


Como sou?

Tenho cerca de um metro e meio de comprimento e dois metros e cinco de envergadura. A minha plumagem é quase toda preta, com reflexos metálicos esverdeados, as minhas partes brancas resumem-se ao ventre e ao peito o meu bico e as patas são vermelho vivo. O meu voo é muito semelhante ao da cegonha branca, no entanto em comparação eu sou menos dependente das correntes ascendentes, ganhando altitude facilmente através de lentas batidas das minhas grande asas.

O meu habitat…

Evito os grandes espaços, prefiro as superficies florestais isoladas com riachos, charcos ou pequenas zonas pantanosas e as margens dos rios.
Sobrevivo principalmente nos troços internacionais dos nosso três maiores rios (Douro, Tejo e Guadiana), e só em locais extremamente inacessíveis, verdadeiras fortalezas naturais.

Alimento-me de:

A minha alimentação é constituída em grande parte por peixes capturados em águas rasas. Inclui igualmente insectos, anfíbios, tais como rãs e salamandras. Os menos representativos na minha dieta são os pequenos mamíferos, répteis tais como cobras e lagartos.
A técnica de caça que mais uso consiste em andar vagarosamente, bicando ocasionalmente e ao avistar um incauto peixe, zás já está.

Reproduzo-me…

Chega a Fevereiro e Março e dirigo-me para o ninho que ocupei no ano anterior, que geralmente construo em árvores. Pondo quatro a cinco ovos, que são incubados durante um mês. E as minhas crias estarão prontas a fazer a sua migração antes do Outono.

Porque estou em vias de extinção…

Sou uma das mais raras espécies de aves do nosso país, e uma das mais ameaçadas. Este facto deve-se sobretudo à destruição do meu habitat em praticamente toda a sua área de nidificação, tornando escassos os locais apropriados para a construção dos meus ninhos.
O avanço do homem e das suas actividades têm me empurado para os locais mais recônditos e isolados. O abandono das técnicas de agricultura tradicional, aliado à drenagem de muitas zonas húmidas, contribuiram fortemente para o declínio da minha espécie. Também o uso dos adubos, pésticidas e herbicidas contribuiram muito para o meu declínio
Tenho sofrido fortemente com a humanização do território.


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