terça-feira, 15 de junho de 2010

Víbora cornuda



Olá,

O meu nome científico é: Vípera latastei porém todos me conhecem por víbora cornuda.

Como sou?

Sou um animal difícil de encontrar, a não ser por mero acaso, pelo que, quando isso acontece, o registo visual é muito próximo, o que me torna a situação pouco agradável. Não pelo meu tamanho, que é de cerca de 80 cm, mas sobretudo por ser venenosa. A minha cabeça, como acontece com as restantes víboras, tem uma forma triangular característica. A minha cor é cinzento azulado, possuindo no dorso uma mancha mais escura, em zig-zag, ao longo de todo o meu corpo.

Sou uma espécie venenosa e se morder posso mesmo provocar a morte, dependendo do lugar onde morder e do veneno que injectar. Sou um animal lento, no entanto a minha investida é extremamente rápida e certeira.

Sou uma espécie essencialmente diurna, no entanto no Verão opto por uma vida essencialmente nocturna. O meu dia começa muito cedo, porque gosto de apanhar os primeiros raios solares juntos dos ribeiros, caminhos de pedras e outros lugares pouco cobertos. Nos dias mais frios de Inverno hiberno.

O meu habitat…

Posso ser encontrada em vários zonas de Portigal, habito de preferência nas serranias. Consto da área do Parque Natural de Montesinho, com lugar de destaque entre os répteis que aqui se podem encontrar.

Vivo em locais rochosos ou pedregosos, com solos arenosos e vegetação que me possa servir de refúgio. Posso ser encontrada em bosques pouco densos, carvalhais, pinhais e zonas de matagal.

Normalmente vivo no solo, deslocando-me por ondulações laterais do meu corpo, no entanto também trepo arbustos, principalmente no Verão, permanecendo aí imóvel durante bastante tempo.

Alimento-me…

A minha dieta é muito variada, na qual se incluem micromamíferos, répteis (lagarto-de-água, lagartixas e licranços), anfíbios (salamandra-de-pintas-amarelas, salamandra-lusitânica, rã-ibérica e tritões) e aves ( pequenos passeriformes).

Reproduzo-me…
A minha época de reprodução tem início na Primavera. Sou uma espécie ovovivípara, pelo que no final do Verão a fêmea da minha espécie pare de 5 a 8 crias. Quando nascem, estas crias medem entre 15 e 20 cm de comprimento total, no entanto apesar do seu tamanho são igualmente perigosas, pois possuem menos veneno que os adultos, mas está mais concentrado.

Motivos pelos quais estou em vias de extinção:

Um dos factores da minha morte é o atropelamento nas estradas o outro é o extermínio deliberado por parte do homem, devido ao medo que lhe provoco ou para efeitos de coleccionismo ou de comércio, uma vez que o homem acredita que se possuir a minha cabeça tem muito mais sorte. A redução do número de indivíduos da minha espécie deve-se sobretudo à acção humana e é consequência de uma perturbação cada vez mais acentuada do meu habitat, por incêndios florestais.

Importante mesmo é que a minha espécie faz parte da fauna portuguesa e a minha existência é muito importante no combate aos pequenos roedores.

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