quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lobo-Ibérico



Olá,

Tenho como nome cientifico Canis lupus signatus, porém todos me conhecem por Lobo-Ibérico.

Como sou?

Sou uma subespécie do Lobo –cinzento.
Um pouco mais pequeno e esguio que as outras subespécies do lobo cinzento, os machos medem entre 130 a 180 cm de comprimento, e 130 a 160 cm as fêmeas.
Os machos pesam geralmente entre 20 a 40kg e no caso das fêmeas entre 20 a 35kg.
A minha pelagem é de coloração acizentada e mesclada de negro, particularmente sobre o dorso.

O meu habitat…

Habito em bosques abertos, tundra, florestas densas e montanhas onde me refugio em tocas escavadas por mim ou reaproveitadas de outros animais.
A população Europeia original está agora muito reduzida. Na Península Ibérica, a área de distribuição da minha espécie restringe-se ao quadrante noroeste da península, estando classificado como Espécie Vulnerável em Espanha e como Espécie Em Perigo, em Portugal.

Alimento-me…

A minha alimentação é muito variada, dependendo da existência ou não de presas selvagens e de vários tipos de pastoreiro em cada região. As minhas principais presas são o javali, o corço e o veado, e as presas domésticas mais comuns são a ovelha, a cabra, a galinha, o cavalo e a vaca. Ocasionalmente também mato e como cães e aproveito cadáveres que encontro.

Reproduzo-me…

Geralemte acasalo para toda a vida e, usualmente, apenas o par alfa se reproduz. Atinjo a maturidade sexual por volta dos 2-3 anos de idade. Apenas reproduzo uma vez por ano – fim do Inverno ou inicio da Primavera (Janeiro a Março) - altura em que ocorre o acasalamento. Os nascimentos dão-se, em geral, durante o mês de Maio ou Junho. As ninhadas têm geralmente 3 a 8 lobitos nascendo com os olhos fechados e necessitando de cuidados parentais. Em finais de Outubro saem dos locais de criação e iniciam a sua aprendizagem de caça.

Porque estou em vias de extinção?

As causas do meu declínio são a perseguição directa e o extermínio das nossas presas selvagens. O declínio é actualmente agravado pela fragmentação e a destruição do meu habitat e pelo aumento do número de cães vadios.
A redução progressiva do número de ungulados silvestres (corço e veado) levou a que a minha espécie tivesse que recorrer aos animais domésticos como recurso alimentar. Deste modo, a perseguição directa por parte dos pastores que sofrem prejuízos avultados nos seus rebanhos, sofreu um incremento, apesar da lei que o proíbe. Nas últimas décadas assistiu-se à destruição do meu habitat preferencial, com a construção de grandes infra-estruturas viárias que levou à fragmentação e redução da minha área de distribuição. Actualmente, também a existência de um elevado número de cães vadios afecta a sobrevivência da minha espécie uma vez que competem connosco na procura de alimento.




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